cyberpunk
recital de saxofone obras de vítor rua interpretadas por daniel kientzy
No relacionamento de oito anos, com grandes glórias musicais espargidas pelo mundo
como improvisadores e na progressiva relação exaltante experimental entre intérprete e compositor, evidenciou-se a interacção de uma escrita autodidacta devotada ao saxofone e da sapiência do singular intérprete; e tudo se tornou um voo geminado de andorinhas, cantando nas alturas, num enlevo fractal. Entrelace de recursos tecnológicos ignotos ou a semafórica partitura a dar liberdade ao projecto virtuosístico do instrumentista. História de uma bela amizade.
O encontro entre Vítor Rua, compositor, e o excelso saxofonista Daniel Kientzy
está aureolado pela memória de Jorge Peixinho, amigo comum.
Com Kientzy, Peixinho abriu um novo mundo da escrita para saxofone e electrónica. Rua, propondo uma linguagem independentista, de imediato se tornou uma personagem no mundo afectivo de Kientzy, o qual lhe solicitou inúmeras encomendas.
Estas seis composições de Vítor Rua, executadas por Daniel Kientzy situam o saxofone em outros mundos paralelos;
são de extrema singularidade...
invenções estrénuas... VI(tor) / DA(niel)= VIDA
(texto de Jorge Lima Barreto)
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what time is it?
recital de piano obras de piano interpretadas por jonh tilbury O encontro entre o Vítor Rua, compositor, e o excelso pianista John Tilbury está aureolado pela amizade que os une. Rua, propondo uma linguagem independentista, de imediato se tornou uma personagem no mundo musical de Tilbury. Estas seis composições do Vítor Rua executadas por John Tilbury situam o piano em outros mundos paralelos; são de extrema singularidade... invenções estrénuas. Evidenciou-se a interacção de uma escrita autodidacta devotada ao piano e da sapiência do singular intérprete; e tudo se tornou um voo geminado de andorinhas, cantando nas alturas, num enlevo fractal. Entrelace de recursos tecnológicos ignotos ou a semafórica partitura a dar liberdade ao projecto virtuosístico do instrumentista. (texto de Jorge Lima Barreto) |
what time is it? what time is it? what time is it?
John Tilbury won a piano scholarship to the Royal College of Music where he studied
with Arthur Alexander.
He subsequently became a pupil of James Gibb and then went to Warsaw on a Polish government scholarship where he studied with Zbigniew Drzewiecki and co-founded the Warsaw Music Workshop group with Zygmunt Krauze. In 1968 he was a prize-winner in the Gaudeamus International Competition in Contemporary Music in Holland and since then has specialized as a performer of twentieth century music. Tilbury has given first performances and broadcasts of new music in many contemporary music festivals including the Warsaw Autumn, the Venice Biennale, Glaspow Musica Nova, the Europelia Festival in Brussels, the Zagreb Biennale and Cheltenham. He has also performed in the Far East and has toured the U.S. on several occasions. He has worked with many composers including the late Cornelius Cardew, David Bedford, John Cage, Morton Feldman, Christian Wolff, Terry Riley, Tom Phillips, and his recording of Cage's Sonatas and Interludes for prepared piano has been acclaimed by the critics. Tilbury is well known as animprovising musician through
his membership of the AMM, one of the most distinguished free improvisation groups to have emerged in the sixties.
He currently teaches piano at London University's Goldsmiths'College and is writing a book on the music of Cornelius Cardew. John Tilbury's repertoire over the years has included many works by the European, American and Japanese avant garde: Luigi Nono, John Cage, Christian Wolff, Morton Feldman, Yuji Takahashi. His new English programmes feature i n particular the music of Cornelius Cardew, John White, Howard Skempton and Dave Smith, and include works by other leading English composers. He has also devised programmes in which sixteenth and seventeenth century works for harpsichord are juxtapcsed with contemporary keyboard music.
Vítor Rua (n. 1961) iniciou-se no fim da década de 1970 com algumas invenções melódicas
que marcaram profundamente o “art rock” português. Em 1980, funda o grupo Rock G.N.R..
Em 1982 foi co-fundador de TELECTU (com Jorge Lima Barreto), onde até esta data se revelou
como um solista exponencial de guitarra. Neste seu trabalho com Telectu encontrou-se com
grandes figuras internacionais da improvisação (Daniel Kientzy, Elliott Sharp, Chris Cutler,
Jac Berrocal, Carlos Zíngaro, Jean Sarbib, Louis Sclavis, Ikue Mori, Sunny Murray, Paul Rutherford, Evan Parker, Barry Altschul, Giancarlo Schiaffini), afirmando-se como experimentalista e poliartista. Em 1987 num voluntarioso acto de autodidaxia considerou decisivamente o estudo da notação da música contemporânea e neste contexto evoluiu de forma meteórica. A sua obra reflecte um trabalho de recorte pós-moderno, preliminar, variegado, da recusa empirista da confinação cultural, laivo nas fronteiras estilísticas e ideoletais. Intérpretes como Daniel Kientzy, John Tilbury,
Frank Abbinanti, Peter Bowman, Kathryn Bennetts, Ana Ester Neves, gravaram e/ ou interpretaram obras deste
compositor em concertos e festivais nacionais e internacionais.
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